sexta-feira, 31 de julho de 2009

O Fruto do Conhecimento, A Figueira e o Homem...


O fruto da Árvore do Conhecimento é algo que todo mundo já comeu, mas não sabe de que árvore seja...
Entretanto, se fosse importante, talvez eu me aventurasse a dizer que era o Figo...
Sim, pois, seria natural que Adão e Eva se vestissem com as folhas mais próximas que encontrassem uma vez que se sentiram nus...
Cobriram-se de folhas de Figueira...
No livro de Enoque o fruto é um Tamarindo...
Na versão do Velho Testamento para o Latim, a Vulgata Latina, o fruto é a Maçã; provavelmente em razão de que Maçã em Latim é Malus e a palavra Mal é também Malus...
Além disso, a cultura bíblia só veio a conhecer a maçã bem depois do texto do Gênesis está escrito...
De fato, o fruto é nascido na mente...
A Árvore que um dia serviu de referencia para o ato de transgressão não era quimicamente e vegetalmente importante...
A importância daquela Árvore estava e está na mente...
É a transgressão que faz dela a Árvore do conhecimento...
Sobre as folhas da Figueira, diria que me chama a atenção o fato de que as mesmas folhas foram outra vez objeto de ilustração espiritual em Jesus, nos evangelhos...
É a Figueira sem fruto, mas cheia de folhas para encobrir a nudez...
Sim, sendo que a Figueira é uma árvore que só abre as folhas depois que já deu fruto naquela estação...
Na Figueira o fruto precede a folha quando chega a hora da árvore parir...
Aquela Figueira de Jerusalém estava cheia de folhas antes de ser a estação dos frutos...
Todas as demais Figueiras de Israel estavam nuas, apenas esperando o fruto brotar...
Aquela, porém, vestiu-se de folhas, como Adão ao ouvir a voz de Deus...
Além disso, a Figueira também era símbolo de Israel...
Israel e Adão estavam na mesma...
Vestindo-se de folhas de Figueira para encobrir sua nudez aos olhos de Deus...
As folhas de Israel eram feitas da Figueira da Religião das aparências...
As folhas de Figueira são as coberturas naturais de todo homem culpado, mas sem a disposição de dar fruto de arrependimento...
Assim, a história do Gênesis tem seu gênesis existencial todos os dias...
Adão é todo o mundo...
Deus, porém, mostra em Jesus que Seu modo não mudou...
Diante de Deus nenhuma nudez é castigada, mas toda dissimulação o é...

Apenas pense nisso!...


Luiz Carlos






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quinta-feira, 18 de junho de 2009

A Idéia 51 do Salmo 91: Não pule, desça pela escada...


Quero apenas o conceito 51 — a boa idéia da qual tudo nele emana.

Ora, o conceito 51 do salmo é um só:“Aquele que habita no esconderijo do altíssimo e descansa à sombra do onipotente diz ao Senhor: Tu és...” — e diz tudo o que o salmo garante como promessa.

Portanto, tudo o mais que se diz não tem nenhum valor sem o conceito 51 do salmo.

Assim, tudo o mais depende desse ser-estar habitando o esconderijo do Altíssimo e descansando à sombra de Suas asas.

Para muita gente o “esconderijo do Altíssimo” é onde Deus se esconde.

Então, a pessoa quer encontrar o lugar onde Deus se protege.

É como achar o bunker de Deus.

Assim, surgem as “coberturas” oferecidas pelos donos da chave do bunker de Deus: os pastores e os donos das chaves do reino.

Desse modo, já não se precisa que o diabo tente, pois, os pastores mágicos fazem o serviço iniciado no Pináculo do Templo — e o pobre povo pula e morre...

Entretanto, ninguém que assim ande jamais conhecerá o salmo como verdade, mas apenas como mágica.

Mágica da morte.

O “esconderijo do Altíssimo” é onde eu me escondo em Deus; não onde Deus se oculta.

E que lugar é esse?

Ora, Jesus ensinou que este lugar-ser é a obediência à Palavra em confiança.

E mais: o simples estar “em Cristo oculto em Deus” é o refugio que nos trás todas as proteções.

O esconderijo do altíssimo é a Graça que nos cobre.

Não adianta abrir o salmo como magia de crente!

Assim fazendo a única coisa que ele impede é a nossa visão da fé que opera na realidade da existência.

Ele só faz diferença quando a gente, pela fé, entra na confiança; e, assim, encontra descanso na fé; e, por isso, diz ao Senhor:

Eu confio em Ti para tudo na minha vida; de dia e de noite; nas trevas e na luz; na guerra e na paz; ante as feras ou na sombra; enfim, em tudo o que for existência minha alma confia em Ti.

Para quem assim confia o salmo 91 não é exagero poético, mas apenas um exagero de amor efetivo e que nos guarda conforme está prometido; até quando aquele que confia é acidentado; pois, sob as asas do Altíssimo já não existe acidente.

Tudo é proteção.

Jesus nossa “Chave Hermenêutica” nos interpreta o salmo 91 sem mágica.

Ou teria o salmo falhado na vida dele por Ele ter sido matado?

Ora, não.

O salmo 91 só se cumpriu em sua plenitude absoluta e constante no único que de fato viveu o tempo todo no Refúgio e na Sombra dessa Galinha de Proteção total, e que guarda seus filhotes sob Suas asas.

Desse modo, aprendemos que o estado de confiança não se separa do estado de descanso em Deus.

Quem confia descansa e só descansa quem confia.

Assim, o salmo 91 só é verdade na confiança que descansa em fé e na fé que descansa em confiança.


Leia o salmo todo!

Agora, pense nisso!

Jesus Cristo, que não pulou do Pináculo, mas, pela verdade do salmo, desceu pela escada,



Luiz Carlos




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terça-feira, 9 de junho de 2009

Sabedorias de Salomão


Há três coisas que são maravilhosas demais para mim; sim, e a quarta coisas não entendo: o caminho da águia no céu, o caminho da cobra na penha, o caminho do navio no meio do mar, e o caminho de um homem com uma mulher.

A confissão da Sabedoria no livro de Provérbios nos diz que um dos mais indevassáveis mistérios humanos nesta existência é o caminho de um homem com uma mulher.
Quando há amor, encontro, desejo, vínculo, irmandade, jugo existencial dividido justa e harmonicamente; quando o que os vincula é mais forte do que a morte; quando dois se fazem um em uma simbiose sadia; quando suas mentes vão se tornando uma só; quando seus sonhos na vida se tornam comuns; quando seu tesouro é um ter o outro; quando até os filhos são menos do que os dois são um para o outro; quando até os desencontros os aproximam mais... — então, diz a Sabedoria, se está diante de um mistério...: o caminho de um homem com uma mulher...
O que faz tal encontro que faz encontrar... acontecer como encontro real e definitivo?
Ora, é na confissão de ignorância que a Sabedoria lança luzes sobre o fenômeno...
Sim, é pelas coisas que são maravilhosas demais para serem entendidas [três coisas...] que o sábio busca luz para melhor discernir o mistério mais profundo, que é mais que “maravilha”..., sendo de fato aquilo que não entendemos...: o caminho de um homem com uma mulher.
Dentre as coisas maravilhosas demais, diz o sábio, há três que o deixam perplexo...
O caminho da águia no céu...
É caminho altaneiro, com direção e objetivo, com olhar que vê ao longe, com visão perspectiva e prospectiva, com intenção de trazer comida ao ninho, com o instinto de que os bens ganhos devem ser divididos com quem espera por nós no ninho feito nas alturas da esperança...
Além disso, é um caminho leve, entregue ao vento, capaz de planar, de se deixar levar, de descansar no tapete do vento enquanto olha o que pode ser alimento e vida...
Desse modo, o caminho da águia no céu é feito de direção e objetividade de propósitos, tanto quanto é feito de leveza e de confiança no vento; e mais: leva em si o paradoxo de ser objetivo e, ao mesmo tempo, leve e solto...
O caminho da cobra na penha...
É caminho na rocha, por isto é uma vereda sem marcas e sem pegadas... Não há rastros... Não há manchas para trás... Sim, as marcas são as da não marcas... Sim, trata-se da vereda que não traumatiza e não assusta para o mal... Não há surpresas... Não há marcas “paralelas”... De fato, não há pegada alguma...
O caminho do navio no meio do mar...
É o caminho de quem não se assusta com as vagas, os vagalhões, com as ondas gigantes, com os monstros marinhos, e com o abismo...
Sim, é caminho que se guia [no passado...] apenas pelos céus, pelos mapas escritos nas estrelas, pelas veredas feitas de marcas superiores; acima, fixas, imutáveis...; e, por isto, mesmo não entendendo o mar, o marinheiro de três mil anos atrás singrava a morte dos oceanos apenas olhando para os céus...
Ora, são essas “maravilhas” que iluminam o mistério do caminhar entre um homem e uma mulher...
Sim, pois o caminho de um homem com uma mulher não é para ser entendido ou anatomizado...
Não! O caminho de um homem com uma mulher é para ser vivido, não para ser explicado...
Aliás, relações que se explicam muito têm quase sempre nada em si mesmas...
Os vínculos que perduram são os que estão para além de qualquer explicação humana...
É!... São... Basta ser...
Entretanto, embora eu não entenda o caminho de um homem com uma mulher, sei, todavia, que seu modo é como o da águia no céu, como o da cobra na rocha e como do navio solto no meio do oceano há mais de três mil anos...
Portanto, o que faz possível o misterioso caminho de um homem com uma mulher, à semelhança da vereda da águia, é sua decisão de caçarem juntos, de buscarem as mesmas coisas, de se referenciarem pelo mesmo monte, pelo mesmo ninho, pelos mesmos filhos, pela mesma noção intrínseca de objetivo, propósito e direção... Isto, ao mesmo tempo em que se confia também no vento, no improviso, na flexibilidade, nas correntes de ar, na leveza enquanto de busca o objetivo comum...
Do mesmo modo o caminho de um homem com uma mulher não se explica, mas se maravilha ante a possibilidade de se viver uma vida sem marcas alheias, sem manchas, sem passado ou presente de traição, sem mágoas, sem trilhas estranhas...
Quem anda na rocha não deixa marcas para trás...
Quem, como uma cobra, anda na rocha, menos marcas ainda deixará para trás...
Assim, o caminho de um homem com uma mulher será tão mais misterioso quanto mais limpo e simples ele seja...
Além disso, o caminho de um homem com uma mulher é apenas possível ante a escuridão dos fatos, da vida, da turbulência da existência, das vagas imensas e das subitezas de toda sorte de tempestades... — se o caminho for feito acima do imediato e dos seus monstros inevitáveis; e isso só é possível quando os “marinheiros” desta travessia olham e se guiam apenas pelos sinais dos céus...
Havendo tais coisas, apesar de misterioso e inexplicável, o caminho de um homem com uma mulher será possível...
Sim, com direção e leveza, com andar limpo e sem marcas e manchas, com orientação que transcenda os tumultos do imediato e de seus oceanos de perigo...
Ora, sem tais coisas não vale a pena entregar-se à aventura...
Seria como uma águia sem rumo e sem direção...; como uma cobra na lama, atolada e cheia de marcas de suas revolvencia...; ou como um navio antigo, há milhares de anos, insistindo em viajar por mares perversos sem olhar para o único meio possível de orientação: os céus!...
Hoje, muitos querem o caminho de um homem com uma mulher, mas, sem a direção comum, sem a leveza no processo, sem a limpeza no andar, sem os céus a guiar...
Portanto, o que tais pessoas têm é apenas a rapinagem da águia sem ninho e sem compromisso com filhotes e com aquela que deles cuida; sem a honra de um caminhar que não tem o que esconder; sem o olhar superior que vence o mundo... — e, apesar de nada disso haver neles e para eles..., querem assim mesmo que o caminho seja maravilhoso, misterioso e lindo...
Sem direção e leveza, sem pureza e simplicidade, sem os mapas do céu... — o que sobra é o abismo, não o mistério...
Não se deve brincar com tais coisas...
Loucos ou loucas são todos aqueles que dão as mãos para fazerem a viagem juntos..., mas sem o compromisso com os objetivos comuns e com leveza do fazer; sem a pureza do andar, e sem o mapa superior, que, para nós, é o Evangelho: único caminho seguro para que alguém se atreva a atravessar os oceanos...
Esta viagem... é apenas para aquele que tem no coração as veredas superiores, o caminho de cima...
É assim que é...
E quem não andar assim, não deve tomar ninguém pela mão e propor viagem alguma...
Sim, que pelo menos se perca..., se suje... e se abisme sozinho pelas vias da existência..., mas não leve uma vítima para o nada...

Jesus Cristo, que tem toda sabedoria.



Luiz Carlos




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segunda-feira, 4 de maio de 2009

Exista sem Fé e seja muito Infeliz!


Você não precisa confiar!

De fato você pode viver desconfiando e espreitando até a própria morte.

Afinal, existir sem fé é possível.

Sim!

Você pode existir com medo, angustiado, ansioso, tomado por teorias da conspiração, pessimista até quando fala de otimismo, discutindo com Deus e com a vida, inseguro até com o equilíbrio, afogando-se no seco, sem ar na ventania, sem alegria no casamento, no nascimento e na velhice, sem sentido no trabalho, buscando gostos que não existem em um beijo, buscando abraços que não aconchegam, e, assim, continuar..., sem sentido e sem significado, como um dado estatístico, como um número, como um código de barra, como uma carteira de identidade, como um Diploma.

Sim!

Você pode existir sem confiar em Deus e em ninguém, como um Judas Iscariotes em todos os seus vínculos, sempre pulando fora do barco, sempre pensando antes em você, no seu projeto, nos seus interesses, nas suas moedas de prata.

Sim!

Você pode.

E nem precisaria dizer isto a você.

Afinal, você existe assim, e, por isto, você sabe que é possível existir sem paz, sem conforto, sem satisfação, sem esperança, sem a fonte da água da vida, sem a luz do mundo, sem o pão da vida, sem o gosto do sal da terra, sem a revolução do grão de mostarda crescendo em você.

Sim!

É possível ir existindo sem fé, ou, no máximo, apenas com fé no possível que seja realizável pelo braço do homem em dias de força e saúde.

Sim!

É possível.

É..., mas não é.

É possível existir sem fé.

Só não é possível viver sem fé.

Pois, quem quer que encontre inspiração para ser contra tudo o que se chama existir, é somente aquele que se justifica andando pela fé.

Sim!

Pois neste mundo o viver acontece quase sempre em rota de colisão contra o mero existir!

Pense nisso!


Cristo a confiança Eterna

Luiz Carlos


sábado, 11 de abril de 2009

Páscoa: Ele é o meu êxodo e a minha alegria!


Na Páscoa verdadeira acontecem duas mortes: a do Cordeiro e daqueles por quem Ele morreu.

Na morte de Jesus eu não escapei da morte, eu morri com Ele, a fim de poder viver com Ele.

Se Jesus morreu, mas eu escapei de morrer com Ele, significa que Ele não morreu por mim...

Entretanto, Jesus morreu por mim independentemente de que eu tenha aceitado morrer com Ele, em Sua morte.

Assim a Graça principia...

Afinal, Cristo Jesus deu a vida por nós, sendo nós ainda alienados Dele por completo.

Todavia, uma vez que eu celebre a Páscoa como morte de Jesus, o Cordeiro, por mim, então, por tal consciência, segundo Paulo, eu devo também me considerar morto para o pecado e vivo para Deus.

É como tudo o mais que seja de Deus!...

Começa sempre unilateral, mas, depois que existe consciência e alguma fé, o que se diz aos discípulos é o seguinte: Você quer perdão..., mais perdão..., perdão sempre... - então, perdoe sempre, até 70 x 7 num único dia!

É por isto que somente os misericordiosos alcançam misericórdia sempre!

Entretanto, em Páscoas de Ovo... - não há lugar para a Cruz, e, muito menos, para se celebrar a nossa própria morte com Jesus.

Ninguém quer morrer...

Todo mundo quer viver, viver e viver.

Mas não há vida em Jesus sem que eu aceite que a morte de Jesus quer ser a minha morte...

Este é o ensino de Paulo o tempo todo, à exaustão.

O convite da Páscoa existencial do Novo Testamento é para que nós nos conformemos com Jesus na Sua morte, a fim de obtermos superior ressurreição.

E mais: No ensino de Paulo o morrer com Jesus, o aceitar as implicações de Sua morte, trazia como conseqüência a consciência de nossa morte para o viver segundo o capricho, o egoísmo, o "si-mesmo".

Entretanto, Paulo diz: "Fazei morrer a vossa natureza terrena"... - e a descreve tal natureza como sendo aquilo que mata a alma e o espírito; a saber: maldade, luxuria, inveja, prostituição, amargura, ódio, gritarias e maldade no falar; entre tantas outras coisas.

Assim, a verdadeira Páscoa existencial, segundo o Evangelho, é todo dia; e é algo que a gente faz...

Existe a dimensão do "fazei" no Novo Testamento!

Está Tudo Feito para que, em mim, possa ser feito; e em tal tarefa sou colaborador de Deus, abrindo o ser para que a operação do Espírito não encontre o pior adversário da Graça, que é a nossa própria indisposição de aceitarmos a cura como morte... em Jesus.

Sim! Nossa cura é morrermos; a fim de que possamos provar a outra vida, que não é no além ainda, mas aqui e agora; já.

Hoje, mais do que nunca antes, por imposição do amor de Deus em meu favor na história, sei o que é estar morto enquanto se está vivo.

Antes de tudo..., para mim era como para mim é hoje em termos de compreensão.

Todavia, não em termos de real entendimento.

O entendimento é um discernimento engendrado em nós pelo Espírito, em razão do casamento da Palavra e da Experiência.

Ora, é isto que nos leva a gloriamos-nos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança, experiência e esperança em plenitude.

Desse modo, tive que sentir na carne o significado de estar morto para o mundo, para todo o mundo e pra todo mundo, ao ponto de virar um fantasma, ao ponto de não ser conhecido nem pelos mais conhecidos, ao ponto de me perguntar: Mas como não vêem que eu sou ainda eu mesmo em Cristo?

Entretanto, dou muitas graças a Deus pela experiência da morte; e, creia, até me alegro quando, ainda hoje, sou tratado como morto - pois, aprendi como é grande a liberdade de um morto!

Na realidade me refiro de modo alegórico à minha experiência de morrer ante os sentidos do mundo [incluindo no mundo a "igreja"], pois, foi por ela, pela libertação do Super-Ego do Mundo sobre mim, que pude provar a alegria de outra vez servir a Deus como no principio de tudo: livre e alegremente.

Hoje sinto que já há grupos querendo diminuir a minha Páscoa em Jesus.

Sim! Já há pessoas querendo dizer que "expressões" devo usar ou não.

Rsrsrs.

Tolos. Não vêem que estou morto para os caprichos de vocês!

Não queriam que eu voltasse a falar nunca mais!...

Agora querem me censurar em nome do pudor e das boas expressões da religião!...

É mais ou menos assim...

Antes gritavam:Matemo-lo!Como não mataram, então, dizem:Vistamo-lo!

Ora, digo isto apenas para ilustrar o fato que, quando morremos com Jesus, quando nossa reputação, justiça-própria, glória, honra, e tudo quanto seja importante e elevado entre os homens, acaba para nós, então, aí é que começa a vida.

Com isto não recomendo a ninguém a experiência da busca de uma catástrofe.

Apenas digo que é pelo querer, pelo fazer, pela decisão... que se pode, dia a dia, ir fazendo morrer a nossa natureza terrena; na mesma medida em que apenas nos gloriemos em Jesus, na Cruz, na Vida que é; e, assim, vivamos em novidade de vida; não segundo o mundo; não para chocar ninguém; mas apenas para dar o testemunho da nova consciência segundo a fé, que é pura para comer e beber com gratidão, e feliz para testemunhar somente pela alegria da libertação.

Todavia, saiba:

Uma das primeiras manifestações de que de fato morremos com Jesus, é o abdicar de toda importância humana que se contraponha à simplicidade do que seja a Verdade em Jesus.

E mais:

Os mortos já não têm mais divida alguma!Quem serão os credores que entrarão na morte para cobrar ao morto?

Sim! Se o morto morreu em Jesus, na Cruz?

Paulo diz: Aquele que morreu já não tem dívidas!Assim, fique livre para andar livre; e isto só acontece quando se caminha exclusivamente segundo o Evangelho.Desse modo, estou ressuscitado com Jesus.

E, por causa Dele, a morte já não tem domínio sobre mim.

Todo dia é uma nova vida!


Jesus Cristo, que é a nossa Páscoa,


Luiz Carlos



terça-feira, 7 de abril de 2009

União Contaminada...........


Tem gente que pensa que gente se entrega a outra gente e nada acontece. Tem gente que se dá a outra gente sem saber que a gente é feita de gente. Tem gente que se ilude com a idéia de que gente não transfere gente para outra gente. Tem gente que não entende que gente é contagiada quando se faz ‘um’ com outra gente. Tem gente que pensa que é brincadeira quando Deus diz pra gente não misturar o espírito com o espírito de certas gentes.

Sim, gente passa gente pra gente!

“Serão os dois uma só carne...”

“Faz-se um com ela...”

“Grande é este mistério...”

Paulo disse que na união conjugal tais ‘misturas’ atingem seu clímax para o bem, mas também pode ser para o mal.

Ele diz: “...dela cuida como de sua própria carne...”

E mais: “... posto que já não são dois, porém um...”

E em outro lugar: “... a mulher crente, santifica o marido incrédulo... de outra sorte seriam impuros...”


Eu creio em vampiros psicológicos, em seres que comem você por dentro, em relacionamentos que são como o ‘bicho da goiaba”.

Ninguém se une a ninguém sem contágio, para o bem ou para o mal.

Uniões têm o poder de mudar interiores, alterar almas, atingir o espírito.

Se alguém sai de casa e contrata uma prostituta, e faz isso uma vez, corre o risco de contaminar-se fisicamente, e, pode desenvolver um vício para a alma.

Mas se alguém sai de casa sempre para se prostituir, essa pessoa, mesmo que mude de prostituta todas as vezes, será contaminada, não necessariamente no corpo, e não necessariamente pelo espírito de uma delas, mas com certeza o será pelo “espírito de prostituição”, que não é algo muito forte na prostituta—que não se entrega por prazer—, mas o é na alma do freguês, visto que ele sim, procura ‘algo’ com avidez física e psicológica.

Amizades longas com pessoas ruins podem acabar com a gente. Mas amizades curtas e breves também têm o poder de contaminar, e desviar um ser humano de seu caminho.

Nada, porém, é mais profundo no seu poder de contágio do que uma união conjugal.

Nesse caso, se as pessoas são de espírito bom, mesmo que não se amem, provavelmente não se façam mal.

Mas se ambas ou apenas uma delas for de ‘outro espírito’, então, é muito difícil que o parceiro não seja contaminado na alma.

Por esta razão nada há melhor do que a união de duas pessoas do mesmo bom espírito, especialmente se tiverem a ventura de se encontrar bem cedo na vida, e se manterem em união por toda a vida.

Tais pessoas são as mais leves, livres, felizes, e simples!

Há quem queira muita ‘variedade’...

Meu Deus, que ilusão!

Mal sabem que a tal ‘variedade’ vai deixando gambiarras penduradas pela gente, como fios desencapados e ‘em curto’.

Se pudéssemos ver espiritualmente tais pessoas, as veríamos como troncos cheios de cabeças, braços, olhos, e pernas.

Sim, completamente monstrificadas...

Simbiotizadas de tantas formas e de tantas maneiras, que elas mesmas assustar-se-iam se pudessem se enxergar.

Mas não é preciso enxergar para ver. Basta que se olhe para dentro do coração, para as legiões de seres..., para sentimentos que cada vez mais se complexificam na alma, para mentes cada vez mais compartilhadas pelos entes psicológicos que foram sendo agregados no caminho.

Por isso o homem de coração simples é bem mais feliz do que aquele que sofisticadamente se auto-designa de complexo.

Quando a sabedoria ordena ao jovem que guarde puro o seu coração, que simplifique os seus caminhos, e que seja focado em seus sentimentos, ela quer apenas dizer o que acabei de expor.

Sim, não é nada moral, como se pensa. Mas sim é algo que tem a ver com a saúde do ser, com a paz para viver, com a unicidade existencial, com a pureza psicológica.

Hoje, porém, é moda ser infeliz, complexo, sensível (significando ‘sofrido’), indecifrável, misturado, multiuso..., de tal modo que essa pessoa tem que ter ‘seu próprio analista’.

Toda gente é uma ‘mistura’ de todas as gentes que passaram pelo coração, para o bem e para o mal.

Nessa viagem da formação do ser há aquelas pessoas que são inevitáveis para nós, como os pais e os irmãos—nossos primeiros e involuntários casamentos na existência.

Ora, muitos são os estragos que essa ‘mistura’ pode causar quando mal discernida.

As piores misturas, todavia, são aquelas que escolhemos—consciente ou inconscientemente—para viver e fazer parte da gente pela via da união.

Uniões são coisa muito séria...

Sim, elas podem nos erguer ou nos afundar; podem nos abençoar ou nos amaldiçoar; podem nos trazer paz ou podem nos trazer angustias; podem nos salvar ou nos destruir.

Por isso, se você está só, ou vindo de algo que como ‘união’ fez mal a você, não tenha pressa. Abrace sua solidão com respeito e dignidade, e agradeça a Deus o livramento. E não sucumba à tirania de se fazer acompanhar. Afinal, veja bem quem vai lhe ‘acompanhar’.

Mas se você está lendo isso e pensando: “E agora? Depois de tanto ‘experimento’, ainda haverá esperança para mim?”

Eu lhe digo:

Sempre há esperança. O Espírito Santo é real. O amor de Deus limpa e cura. Mas o homem haverá de ser curado enquanto discerne cada pedaço de outros que foram largados no baú de sua alma. E terá que ter a coragem de discerni-los e jogá-los para fora de si mesmo.

Ora, tal cura implica em discernir ‘qual carne e qual sangue’ fazem parte de nossa ‘comunhão’ existencial e espiritual. E obviamente isto só tem a ver com quem permitimos entrar e ter algum pedaço de nós, especialmente em uniões.

Tal exercício de discernimento é doloroso, porém libertador.

E se você discernir tais espíritos na presente constituição de sua alma, mande-os sair... pois eles sairão.

Depois disso, todavia, encha a sua ‘casa’ do que é bom, e não a deixe vazia, posto que essas coisas se vão... mas de vez em quando voltam a fim de ver como anda o lugar antes ocupado, conforme nos ensinou Jesus, tanto sobre espíritos demônios, quanto também acerca de qualquer espírito, inclusive os espíritos dos humanos que já nos possuíram ou tentaram faze-lo.

Esses ‘entes’, todavia, cansam de voltar. E é assim que se vai alcançando paz mais e mais...

Ora, é por tudo isso que lhe peço:

Veja bem com quem você está se unindo.

E mais:

Veja bem que espíritos você contraiu durante vínculos adoecidos.

E, assim, trazendo todas as coisas para a luz, deixe que a verdade expurgue de seu ser aquilo que não é você.

E não esqueça:

É na Luz e na Comunhão verdadeira que o Sangue de Jesus nos purifica de todo pecado.

“Pois se andarmos na luz, como Ele na luz está; mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Seu filho, nos purifica de todo pecado”.


Luiz Carlos